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INVISÍVEL
Você finge não me ver.
Torno-me invisível ao seu pensar.
Torno-me surreal ao seu querer.
Escapo-me entre seus dedos, sobra-lhe o ar.
Ar que embala o seu respirar.
Ar que me falta.
Dá-me ou retira-me o que desejar.
Dou-lhe o que tenho, sem me importar.
Mata-me um pouco por dia.
Sobras do que sou fragmentada.
Sem notar leva minha
alegria.
Junte meus pedaços, deixe-me engavetada.
Sou metade de uma paixão ainda remendada.
Entre as frestas busco me infiltrar.
Fatias de vontades, um turbilhão delas emaranhadas.
Desejo eu, estar a sonhar.
Invisível, abstraída... continuo aqui!
Visível, meu amor é para mim.
Enxergue-me visível a partir do invisível.
Torne-me sua! O real indivisível!
imagem: https://azeitonassuicidas.files.wordpress.com/2010/11/acender-a-luz.jpg
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