O MEU SER POETISA

Em meio à desordem das palavras

escrevo ou invento a existência do SER.

Em pensamento não sinto que é ousadia escrever,

nem tão pouco absurdo se tudo que vi no mundo

aqui me reportar escrever.

Não se surpreendam quando sem vida

os versos que fiz for invasão.

E mesmo depois da morte que eu não precise revelar a minha confusão.

Mesmo assim seria absurdo acreditar

que os meus velhos rascunhos não venham me revelar,

porém, tire dos meus versos suas próprias interpretações

sobre uma poetisa que na (des)ordem da vida

em verdade se pós a escrever:

O SER em realidade ou abstração.